Semana passada, feita de amarelos e lilases, mas também de cinzas e algum verde, iniciei-me nas interrogações com os alunos. Não é fácil arrancar perguntas. As palmas da certeza são mais boas de ouvir. E isto vale para todos nós. Li para eles um texto de Brecht, algo acerca da capacidade de dizer “não”. Daí emendamos para a arbitrariedade infeliz da polícia. E neste horizonte criado por nós o Evandro foi buscar isto: “como vivem os meninos no tráfico?” Disse-lhe então que sua pergunta era muito bacana. Minha argúcia não teve traquejo para dizer mais. Depois, ele admirou o corpo daquela pergunta, e viu que a dúvida é boa de parto. Ao redor do papel onde Evandro marcara sua pergunta surgiram outras. Eu, a que mais gostei: “como vive a mãe de um menino do tráfico?”
* Paul Klee, pintor alemão (1879-1940)
José,
ResponderExcluirAchei muito legal o teu texto que chega a ser poético!! Estou muito triste por termos perdido a sua parceria na EJA!! E muito feliz por teres conseguido uma bolsa de estudos!!
Beijos, te cuida, desculpe qualquer coisa e apareça por lá. Os alunos lamentaram quando dei a notícia da sua saída.
See you.....